A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, expressou sua indignação contra a agência Mynd, que se autodenominou vítima de “fake news”. Em resposta a uma reportagem do Pleno.News sobre a posição da empresa, Michelle argumentou que a verdadeira vítima era Jéssica Canedo, uma jovem que cometeu suicídio após ser alvo de uma notícia falsa divulgada por páginas como a Choquei, que já foi representada pela Mynd.
Michelle Bolsonaro questionou a autodenominação da Mynd como vítima, afirmando que a verdadeira vítima era Jéssica. Ela acredita que todos que contribuíram para a disseminação da notícia falsa têm a responsabilidade pela tragédia que ocorreu com Jéssica e sua família.
Por outro lado, a Mynd, através de uma nota publicada em suas redes sociais, declarou que está sendo alvo de “ataques organizados e sistemáticos de ódio, mentiras e divulgação de fake news”. A empresa, que se tornou um dos tópicos mais discutidos da semana devido a um documentário que expôs sua conexão com ações políticas, afirmou que não participa “em nenhum momento da definição do conteúdo pessoal postado nos perfis” das contas que atende.
A Mynd também esclareceu que não é proprietária de nenhum dos perfis de conteúdo de notícias ou relacionados e que todos os seus clientes são livres e independentes em seus conteúdos. A empresa justificou sua decisão de se manifestar publicamente, citando a conscientização sobre o potencial das redes sociais para o bem e para o mal. A Mynd acredita que as fake news, quando repetidas incessantemente, geram desinformação, espalham ódio e incitam à violência.
A empresa reiterou que nunca orquestrou postagens em conjunto de nenhuma forma ou criou estratégias de cunho político para nenhum campo ideológico, exceto a divulgação de ações publicitárias contratadas pelas empresas que atende e atividades pelas pessoas que agencia.
Em outra parte de sua declaração, a Mynd prometeu defender seu nome e o de seus clientes. A empresa relatou ter sofrido “graves violências psicológicas” e “ameaças de morte” contra seus funcionários e familiares. Em tais casos, a empresa prometeu que sua resposta jurídica, tanto civil quanto criminal, será firme e incansável, em todas as instâncias, sempre confiando nas instituições judiciais do país.
No entanto, há quem discorde da ex-primeira-dama. Alguns argumentam que a responsabilidade pela tragédia de Jéssica não pode ser atribuída exclusivamente à Mynd ou às páginas que divulgaram a notícia falsa. Eles acreditam que a questão é mais complexa e envolve uma série de fatores, incluindo a maneira como as redes sociais são usadas e a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para prevenir a disseminação de fake news. Ainda assim, a discussão continua, sem uma conclusão definitiva.






