Foto: Ex-presidente Jair Bolsonaro Fonte: EFE/Marcelo Chello
Na segunda-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão domiciliar do ex-Presidente Jair Bolsonaro (PL). Na sua decisão, Moraes disse que o líder de direita brasileiro não respeitou as precauções.
Moraes alegou que a publicação de conteúdos de Bolsonaro nas redes sociais dos seus filhos ou aliados tem como objetivo disseminar a mensagem, incluindo “conteúdos claros que incentivam e incitam o ataque ao Supremo Tribunal Federal e que alegam apoiar a interferência estrangeira na Justiça brasileira”, indicando o incumprimento das medidas.
“Não há dúvidas de que Jair Messias Bolsonaro não cumpriu as medidas que lhe foram impostas “, afirmou.
Moraes disse ainda que Bolsonaro não respeitou as precauções “apesar das restrições menos brandas anteriormente impostas”.
”O acusado agiu de forma ilegal, referiu-se aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, e produziu material pré-fabricado de forma intencional e consciente para que os seus apoiantes continuassem a pressionar o Supremo Tribunal.” decidiu o conselheiro.
E prosseguiu: “O poder judicial acredita que não pode ser punido porque tem poder político e económico, e não permite que o arguido o goze. A justiça é igual para todos. O arguido que deliberadamente não seguiu as precauções, sem dúvida, enfrentará uma segunda consequência”, escreveu.
Com a decisão, o juiz determina que Bolsonaro cumpra uma série de outras medidas, entre as quais a prisão domiciliária na sua casa, o uso de tornozeleiras eletrônicas e a recolha de todos os aparelhos celulares presentes no local.
Além disso, Bolsonaro está proibido de receber visitas, exceto familiares próximos e seus advogados.
