Jornalistas que estavam cobrindo a reunião dos líderes da América do Sul em Brasília foram agredidos na noite de terça-feira (30). Os responsáveis pela agressão foram seguranças do ditador venezuelano Nicolás Maduro e agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que estavam atuando no local, o Palácio do Itamaraty. O tumulto teve início durante o discurso de Maduro, quando os seguranças tentaram impedir a aproximação dos jornalistas. Durante a confusão, a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, foi atingida com um soco no peito por um dos seguranças. Outros profissionais da imprensa também foram agredidos, embora não tenham sido registradas imagens do incidente.
A repórter Delis Ortiz, vítima da agressão, concedeu uma entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, nesta quarta-feira (31), na qual relatou o ocorrido durante a entrevista com o ditador venezuelano Nicolás Maduro em Brasília. Ela expressou indignação diante das agressões sofridas pelos profissionais da imprensa na noite anterior no Palácio do Itamaraty, perpetradas pelos seguranças do ditador venezuelano e pelos agentes a serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência brasileira. Delis afirmou que a imprensa não pode aceitar esse tipo de violência em qualquer lugar do mundo e descreveu o impacto físico e emocional causado pelo soco que recebeu, mencionando que a sensação foi como se algo tivesse explodido dentro dela.
É inadmissível que jornalistas, que desempenham um papel fundamental na sociedade, sejam alvo de agressões enquanto exercem sua função de informar. A liberdade de imprensa e a segurança dos profissionais envolvidos são pilares fundamentais de uma sociedade democrática. Os acontecimentos lamentáveis ocorridos no Palácio do Itamaraty destacam a importância de garantir a integridade física e o livre exercício do trabalho jornalístico. É necessário que as autoridades investiguem prontamente o incidente e responsabilizem os agressores, para que casos como esse não se repitam.
A violência contra jornalistas é uma ameaça à democracia e à transparência. O trabalho da imprensa é essencial para o funcionamento saudável de uma sociedade, uma vez que permite aos cidadãos acesso a informações relevantes e possibilita a prestação de contas dos governantes. É preciso reforçar a proteção dos profissionais da imprensa, garantindo sua segurança em eventos públicos e assegurando que possam exercer seu papel de forma livre e sem interferências.
A solidariedade à jornalista Delis Ortiz e aos demais profissionais agredidos é fundamental nesse momento. É necessário que a sociedade repudie veementemente qualquer ato de violência contra a imprensa e reafirme a importância do trabalho jornalístico independente e imparcial. A defesa da liberdade de imprensa é uma luta de todos, uma vez que está diretamente ligada à manutenção da democracia e ao respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos.
veja abaixo os vídeos relatando o ocorrido e a fala da jornalista:






