Tiroteios deixaram um saldo de 14 pessoas baleadas, sendo uma delas em estado grave, durante um período de 24 horas no Rio de Janeiro e região metropolitana. Em um dos incidentes, ocorrido na tarde da última quinta-feira (31 de março), pedestres buscaram refúgio em um posto de combustíveis na zona norte do Rio, quando tiros foram disparados durante um confronto entre policiais e criminosos. Segundo informações da Polícia Militar, o tiroteio teve início após os agentes serem atacados pelos bandidos. Uma das vítimas foi atingida no pescoço logo após encerrar seu expediente em uma loja de doces. Atualmente, encontra-se em estado grave. Vale destacar que a vítima havia celebrado o segundo aniversário de sua filha no dia anterior. Na mesma ação, dois suspeitos foram baleados e vieram a falecer no hospital. Além disso, uma pistola, uma granada e drogas foram apreendidas.
“ Ele trabalha desde do dezesseis anos. Infelizmente aconteceu isso.”, relatou um amigo da vítima que presenciou o momento.
Outros incidentes também foram registrados na Maré e no bairro Braz de Pina, ambos situados na zona norte da cidade, resultando em mais pessoas baleadas e uma vítima fatal. Em São Gonçalo, na região metropolitana, manifestantes saíram às ruas para protestar após mais um confronto, o qual deixou quatro feridos e uma pessoa morta.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, organização que monitora a violência na região, foram contabilizados 50 tiroteios na capital e região metropolitana do Rio entre segunda-feira e a última quinta-feira. Somente nas últimas 24 horas, esses confrontos resultaram em, pelo menos, 14 pessoas baleadas, sendo que seis delas seriam moradores de comunidades sem envolvimento com o crime.
Cecília Oliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado, expressou sua preocupação com a situação, ressaltando a responsabilidade das autoridades diante dessa realidade que coloca os moradores em constante risco. Segundo ela: “É uma coisa muito cansativa, mas a gente tem que bater na mesma tecla, que é a responsabilidade das autoridades na situação que deixa os moradores na linha de tiro. É preciso responsabilizar as autoridades porque elas fazem essas pessoas passarem, alguém tem que prestar essa conta.”
As autoridades policiais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre os recentes confrontos e o aumento da violência na região, mas espera-se que medidas sejam tomadas para combater esse cenário preocupante e garantir a segurança da população.






