O caso aconteceu na noite deste domingo, quando a avó foi com os dois netos em um quiosque da rede de fast-food McDonald’s em um shopping de Campinas para comprar sorvete. Quando as crianças estavam para ser atendidas, o atendente teria dito que a máquina não tinha mais sorvete ao casal de irmãos, uma menina 9 e um menino de 6 anos que são negros. Assim, a família foi para outra lanchonete. Contudo, a garota teria avistado que o mesmo atendente estaria vendendo a sobremesa para clientes brancos e informou a avó.
“Na hora que eu chegue lá, que voltei lá perguntei para o moço: ‘você não vendeu sorvete porque meu neto era negro?’ Ele estava atendendo um casal branco. Ele olhou na minha cara, me deu um sorriso e me ignorou. Perguntei de novo ‘é porque meus netos são negros?’ Aquilo me doeu muito. Só tinha visto racismo pela televisão. Estou chocada”, comentou a avó.
Em nota o McDonald’s divulgou que está em apuração pelas denúncias feitas pelos clientes. A empresa ainda salientou por meio da nota que “repudiamos toda e qualquer forma de preconceito e temos um compromisso com a promoção de um ambiente respeitoso e inclusivo em todos os nossos restaurantes, realizando um trabalho contínuo como o Comitê de Diversidade e Inclusão, treinamentos e políticas que conscientizam os funcionários sobre o respeito às individualidades de colegas e clientes.”
A mãe, quando foi informada pela avó das crianças por telefone, imediatamente foi ao local reclamar com a gerente da loja que quis se desculpar e ofereceu sorvete grátis para toda a família.
“Cheguei lá e conversei com a gerente. Ela me ofereceu um tíquete como pedido de desculpas. Não aceitei. Meus filhos não estão passando fome. Eles não foram pedir nada para o McDonald’s, estavam com dinheiro. Querer pagar um crime com um tíquete é muito grave”, informou a mãe das crianças à gerente.
A mãe ainda usou as redes sociais para denunciar o crime. No vídeo, a mãe grita e se revolta com toda a situação.
“Minha filha não foi para escola na segunda-feira traumatizada. É muito cruel. Vou lutar até o fim. Quero justiça”, cobrou a mãe.
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