A mineira de 21 anos, Letícia Maia Alvarenga que estava desaparecida há 6 meses nos EUA, publicou um vídeo nesta terça-feira dia 18, onde ela faz um pedindo de socorro a ela e sua amiga Dessirê que ainda está desaparecida. No vídeo nota-se que ela se encontra bem abatida e sem fôlego.
“Gente, eu quero a ajuda de vocês. Eu estou tentando falar e vocês não estão acreditando. Por favor, a Desirrê está em perigo. Eu consegui sair do cativeiro, mas a Desirrê ainda está lá. A Yasmin Brunet está lá com ela. Eu vou tentar salvar ela.”
Os familiares de Letícia e Dessirê apontaram que as jovens teriam desaparecido após cairem em um rede de trafico de pessoas e se tornado vítimas de exploração sexual e foram obrigadas a se prostituir. A conclusão veio a tona quando familiares e amigos descobriram fotos de ambas as moças em um site de prostituição.
O caso já foi parar nas mãos do Ministério de Relações Exteriores, que por meio de nota informou estar acompanhando por meio o Consulado-Geral do Brasil em Houston.
” Estamos em contato estreito com as autoridades policiais norte-americanas responsáveis pelo caso.”
Cleider Alvarenga, pai de Letícia, culpa a empresa de intercâmbio pelo sumiço da filha e ainda usou suas redes sociais apelando para que Letícia, que está desaparecida desde abril, fosse encontrada. Cleider ainda teria feito uma denúncia há três dias que a filha estaria se prostituindo em um site da internet e que teria sido vitima de uma rede de tráfico humano.
Letícia também apareceu em uma live há dois dias onde ela acusava o pai de abuso sexual. O pai, é claro, acredita que ela fez as filmagens por se sentir ameaçada por seus raptores.
“Estou muito abalado, a família toda. Nunca abusei da minha filha. Nós trabalhamos para que ela realizasse o sonho dela. E tudo parecia ir bem, mas de repente ela mudou o comportamento, passou a se distanciar, a nos evitar até que me bloqueou no celular. Ela era uma menina carinhosa, doce, talentosa, fazia doces para vender. Nós acreditamos que ela está sob coação e fora do juízo normal. Estamos apelando a todas as autoridades para que nos ajudem.” confirmou Cleider.
A família e amigos de Dessirê por sua vez, criaram uma pagina na internet para encontra-lá intitulada Searching Desirre (Procurando Dessirê) onde estão juntando dados e fatos para ajudar na busca. Nesta segunda (17/10) Luan Freitas, que se identifica como primo da jovem, usou a pagina para pedir ajuda para encontrarem Dessirê.
“Pedimos às autoridades e a qualquer pessoa que possa nos ajudar com informações relevantes da Desirrê. Sobre os vídeos dela, não é a Desirrê que conhecíamos. Quem conhece ela sabe que não estava falando por livre e espontânea vontade. Ela é uma pessoa extrovertida e muito carismática que não precisaria usar daquela linguagem agressiva ” Pedia Luan pela prima desaparecida desde de 19 de setembro.
Os familiares e investigadores apontam como principal suspeita do crime a influenceer paraibana Kat Torres que se apresenta com guru e havia contratado Letícia como assessora. A digital influenceer que havia contratado ambas garotas chegou a usar as redes sociais para se manifestar dizem que elas não queriam mais contato com a família devido a maus tratados e abuso. Contudo, após a repercussão do caso ela deletou suas redes sociais.
O Ministério das Relações Exteriores ainda informou que está apto e disposto a ajudar brasileiros em casos a serem tratados com vigências internacionais desde que certas informações devem se manter sigilosas para a proteção das vitimas e familiares.
Em um outro vídeo também circulando na internet, Dessirê diz estar sendo vítima de exploração sexual de Yasmin Brunet.
“Eu era super fã dela (Yasmin Brunet). Eu achava ela maravilhosa. Ela me prometeu que se eu viesse aqui com ela, ela me daria fama e riqueza e aí tudo isso aconteceu.” disse a garota que parecia estar em cativeiro.
A modelo, Yasmin Brunet após ter seu nome envolvido na polêmica se pronunciou sobre o assunto.
“Tráfico humano é assunto grave, não é brincadeira ou uma forma de ganhar fama em cima disso. Quanto mais a gente banaliza, mais essas vítimas se tornam invisíveis, parte de um senso ficcional, sendo que esse mercado horrível existe, movimenta muito dinheiro em cima de corpos das mulheres. Tráfico humano não é fanfic. É assunto sério e urgente”. Disse Yasmin em suas páginas do instagram.
A polícia brasileira e norte-americana seguem com as investigações do caso.
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