Foto: Trump em coletiva de imprensa Fonte: EFE/EPA/AARON SCHWARTZ/POOL
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou estar disposto a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir um acordo comercial entre os dois países. “Pode falar comigo a qualquer momento”, disse o republicano. E, quando questionado sobre a agenda do Brasil, afirmou: “Gosto muito dos brasileiros”. A conversa a que Trump se referiu é sobre a tributação de 50% no comércio de produtos brasileiros nos EUA. Lula pondera ligar a Trump, mas queria ver se os EUA atenderiam o telefone e se concentrariam no comércio nas negociações.
Ou seja, o PT não dará espaço para negociações sobre questões institucionais e de soberania. No Palácio do Planalto, há o receio de que seja sujeito a algum tipo de constrangimento ou humilhação política, mesmo por telefone ou videochamada.
Em entrevista ao New York Times, o presidente brasileiro afirmou: “Não negociamos como um país grande e um país pequeno”. Lula exige respeito e cortesia a Trump. Há um histórico de trocas hostis entre os dois, e nunca se encontraram e conversaram pessoalmente. As autoridades governamentais afirmam que está em curso uma campanha preliminar para ajudar a lançar as bases para contactos de alto nível.
O reforço da comunicação entre as equipas governamentais também faz parte deste processo. Na quarta-feira, dia 30, o Secretário de Estado Mauro Vieira reuniu-se com o Secretário de Estado Marco Rubio pela primeira vez numa reunião de reflexão realizada em frente à Embaixada do Brasil em Washington.
Os contactos mais frequentes foram o Vice-Presidente Gerald Alckmin e o Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A sua equipa está ávida por novas ligações, tanto técnicas como políticas. Na quarta-feira (30), o presidente norte-americano apresentou argumentos políticos em comunicado, como o ataque ao governo brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes ao teste de prisão de Bolsonaro e às enormes restrições técnicas, e disse que o Brasil (além da tarifa mútua de 10%) assinou um decreto presidencial impondo uma tarifa adicional de 40%. No entanto, cerca de 700 produtos brasileiros estão isentos de impostos alfandegários.






