Foto: Donald Trump Fonte: Jonathan Ernst/ Reuters
A entidade comercial anunciou na terça-feira (15) que iniciou uma investigação. Numa carta ao Brasil impondo uma tarifa de 50%, o presidente dos EUA pediu ações que possam levar a tarifas e sanções adicionais.
“Sob a liderança do presidente Trump, vou investigar a Seção 301 sobre os ataques brasileiros contra empresas americanas de mídia social e outras práticas comerciais desleais que prejudicam empresas americanas, trabalhadores, agricultores e inovadores de tecnologia.” O embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, disse.
No documento, a agência disse: “registramos décadas de práticas comerciais desleais no Brasil, que limitaram o acesso dos exportadores americanos ao mercado brasileiro”, mas não forneceu nenhuma evidência para apoiar essa alegação.
O anúncio refere que a ação foi tomada de acordo com a Seção 301 da Lei do Comércio de 1974, uma regra que prevê a investigação de práticas estrangeiras desleais que afetam o comércio dos EUA.
Sob este projeto de lei, os Estados Unidos também podem tomar medidas para corrigir práticas comerciais desleais, como a imposição de tarifas e sanções aos países sob investigação. Para mais informações, veja abaixo.
O presidente Trump já sugeriu o início de uma investigação na mesma carta anunciando uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras.
O documento apresenta uma mistura de reivindicações comerciais e políticas para justificar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros. No entanto, esta informação é FALSA. Desde 2009, os Estados Unidos exportaram mais mercadorias para o Brasil do que importações.
No documento, Trump justificou o início da investigação alegando que “o Brasil continua a atacar as atividades comerciais digitais de empresas dos EUA e há outras práticas comerciais desleais”.
“Eu ordenei que Jameson Grea abrisse imediatamente uma investigação da Seção 301 no Brasil”, escreveu o presidente.
O seguinte é o ponto que Trump quer analisar.
Comércio digital e pagamento eletrônico
Avalia se o Brasil restringe o acesso a questões como liberdade de expressão e modulação de conteúdo, ou força retaliação contra os gigantes dos EUA.
Taxas de juros especiais e barreiras comerciais
Investigação sobre as tarifas “preferenciais e injustas” do Brasil, incluindo o setor de etanol, que supostamente discrimina produtos norte-americanos.
Interferência anticorrupção e proteção de propriedade intelectual
Investigamos a possibilidade de que o Brasil não tenha implementado medidas anticorrupção e protegido efetivamente patentes, direitos autorais e marcas registradas.
Desmatamento ilegal
Descubra se a falta de medidas para o desmatamento do Brasil beneficia os produtores nacionais de madeira e agrícolas que prejudicam os americanos.
O “ofensor” das redes sociais americanas
Observado pela USTR: A decisão da Suprema Corte do Brasil impôs sanções (por exemplo, multas ou suspensões) às plataformas de mídia social dos EUA para limitar o desempenho..
Esta investigação pode levar a ações corretivas, como tarifas adicionais, restrições de acesso ou outras sanções comerciais, se forem identificadas práticas injustas. A audiência pública já está agendada para 3 de setembro de 2025, e o prazo para enviar doações é 18 de agosto.
De acordo com a carta de Trump ao Lula, tudo isso até agora vem com uma ameaça de uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras, e a data efetiva está prevista para 1º de agosto de 2025.






