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Uma pesquisa com mais de 4,5 mil universitários revela que há um dilema entre os jovens: optar pelo empreendedorismo ou atuar como funcionário CLT. Aproximadamente 38% manifestam preferência por vagas em empresas, enquanto cerca de 28% sonham em abrir o próprio negócio.
O levantamento, conduzido pela Agência Brasil, destaca uma divisão entre a busca por estabilidade e a vontade de independência profissional . Em entrevistas, alguns estudantes afirmam: “prefiro começar dentro de uma empresa antes de tentar empreender”, valorizando segurança financeira e aprendizado estruturado. Já outros enfatizam a liberdade que acreditam encontrar ao criar e gerir algo próprio.
Especialistas destacam que ambos os perfis refletem cenários positivos no mercado de trabalho. Os que escolhem ser funcionários tendem a valorizar normas claras, benefícios regulares e menos riscos. Em contrapartida, quem quer empreender está mais atento às oportunidades de inovação e autonomia, mesmo que isso signifique lidar com incertezas e exigências de gestão.
Pedro Arantes, professor da Unifesp e líder do estudo, afirma:
“A carteira de trabalho não é objeto de desejo. E entre autônomos e empresários, há uma vontade clara de que eles toquem seu próprio negócio ou sua própria vida, seja como indivíduos‑pessoas jurídicas ou pessoas jurídicas‑empresariais.”
Dados da pesquisa:
- 30% desejam ter o próprio negócio.
- Apenas 11% pretendem continuar com emprego formal (CLT).
- 18% querem trabalhar no serviço público; outros 18% pensam em viver de renda/investimentos.
- 12% pretendem ser autônomos; 8% dizem não querer trabalhar.
“A pesquisa nos surpreende pelo fato de que temos um número expressivo de jovens empregados com CLT … mas que não querem permanecer como empregados celetistas. Há um movimento em direção a outras formas de trabalho.” Completa.
Em resumo, os jovens estão divididos: uma parcela busca a previsibilidade direta do emprego formal, enquanto a outra prefere a autonomia e os desafios do empreendedorismo — ainda que seja em número menor. Esse equilíbrio aponta para um cenário em que a pluralidade de carreiras e estilos de trabalho ganha cada vez mais espaço.
Daniel Carvalho, estudante do ensino médio no CEMI do Gama, conta em entrevista ao Correio Braziliense que participa de aulas de empreendedorismo, junto ao diretor Lafaiete Formiga e que o percentual entre os jovens vem aumentando ao longo dos anos.
“O número de Donos de Negócio com idade entre 18 e 29 anos passou de 3,9 milhões, em 2012, para 4,9 milhões no fim de 2024.”






