Alexandre Ramagem (centro), Jair Bolsonaro (esquerda) e Carlos Eduardo Bolsonaro (direita) Fonte: Reprodução de mídias digitais.
A polícia federal concluiu uma investigação sobre suspeita de espionagem ilegal na Arbin durante o governo de Bolsonaro (PL). O relatório final pediu um julgamento do ex-presidente, do congressista Carlos Bolsonaro (Republicanos), seu filho, e do congressista Alexander Ramagem (PL-RJ), que liderou a agência na administração anterior, e membros do governo Lula (PT) por obstrução judicial.
O plano envolve espionagem ilegal de pessoas que eram consideradas rivais pelo governo anterior. Para os pesquisadores, Ramagem é o fundador do programa, Carlos Bolsonaro é o chefe do Escritório de Ódio, que usa essas informações para atacar publicamente alvos – e Bolsonaro é o beneficiário. A atual liderança de Abin estava envolvida na obstrução da investigação.
Um total de 35 pessoas foram acusadas.
No caso de PF,
• Ramagem, que era o gerente da Abin sob Bolsonaro, formou um plano de espionagem ilegal por aqueles considerados inimigos pela antiga administração presidencial.
• Carlos foi nomeado presidente do conselho de ódio que usa informações obtidas ilegalmente para atacar publicamente alvos através das redes sociais.
• De acordo com o investigador, Bolsonaro se beneficiou de conhecer o plano.
• Ao mesmo tempo, a atual administração de Arbin teria agido para interromper a investigação conduzida sob a atual administração.
A investigação revelou que, durante o governo de Bolsonaro, polícias, funcionários públicos e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para espiar o público e as autoridades públicas e invadir telemóveis e computadores. O servidor da Abin recolhia informações ilegalmente e fornecia informações ao Gabinete do Ódio utilizando ferramentas adquiridas pela agência durante os governos Bolsonaro e Michel Temer (MDB). Os alvos da espionagem incluem autoridades dos poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, bem como jornalistas. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, é considerado um dos alvos do grupo. Além dele, estão os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), entre outros.
Os advogados de defesa de Carlos Bolsonaro foram contactados, mas não se manifestaram até o momento.






