O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse na quarta-feira, dia 21, que a administração de Donald Trump “provavelmente ” vai sancionar o juiz da Suprema Corte Alexander de Moraes. A declaração foi feita por Rubio quando ele testemunhou no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA.
Na audiência, o congressista republicano Corey Lee Mills acusou a Suprema Corte de “perseguir dissidentes, incluindo jornalistas e cidadãos comuns”. De acordo com os legisladores, “O que eles estão fazendo agora é iminente, prendendo o ex-presidente (vizinho) Bolsonaro por motivos políticos”.
“Essa repressão foi além das fronteiras do Brasil e afeta indivíduos na América do Norte. O que você vai fazer? Você está pensando em impor sanções ao secretário da Suprema Corte, Alexander de Moraes, sob a Lei Universal Magnitsky?” perguntou.
A Lei Magnitsky é um instrumento legislativo dos Estados Unidos que permite que o país imponha sanções econômicas a pessoas acusadas de corrupção ou violação dos direitos humanos.
A lei foi aprovada durante o governo de Barack Obama em 2012. Além da proibição de entrada nos Estados Unidos, também prevê sanções, como a proibição de contas bancárias e bens em solo americano.
A legislação foi introduzida após a morte do advogado russo Sergei Magnitsky, que condenou os planos de corrupção, incluindo seus poderes, e morreu em uma prisão em Moscou em 2009. Inicialmente, a lei se concentrou em punir os responsáveis por sua morte.
Até o momento, Alexandre de Moraes não se pronunciou publicamente sobre a possível sanção dos EUA. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota oficial em que afirma que o ministro “jamais teve dinheiro, bens ou propriedades no exterior”.
A nota do STF também destaca que “o Brasil não interfere na democracia e na soberania americana, assim como não cabe aos Estados Unidos interferir na democracia e na soberania brasileira”.






