A questão da isenção fiscal para pastores e líderes religiosos tem gerado debates intensos. Nesse contexto, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) expressou suas preocupações sobre uma reunião ocorrida na sexta-feira (19), que contou com a presença de representantes da bancada evangélica e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o objetivo de resolver o impasse.
Feliciano questionou a legitimidade da reunião, argumentando que se a liderança da frente parlamentar evangélica tornou alguns parlamentares evangélicos como porta-vozes do governo Lula, que segundo ele, não respeita os evangélicos nem suas crenças, então a diretoria não foi devidamente informada. Ele afirmou que nem ele, nem outros membros da frente, foram informados sobre a reunião.
”Se houve reunião da liderança da frente parlamentar evangélica que tornou alguns parlamentares evangélicos porta-vozes do governo Lula, que não respeita os evangélicos nem no que cremos, creio que a diretoria não foi comunicada e nem nós, membros da frente, fomos informados”.
Além disso, Feliciano expressou sua indignação com a possibilidade de ter na bancada da Bíblia parlamentares que apoiam o governo federal, classificando tal situação como um “ultraje”. Essas declarações refletem a tensão existente em torno da questão da isenção fiscal para líderes religiosos e a complexidade das relações políticas envolvidas.
“Seria um ultraje ter na bancada da Bíblia parlamentares que apoiem o governo federal. Lula nos chama de mentirosos, Lula mentiu em carta aberta enviada para os evangélicos durante a campanha eleitoral, seu governo comunista apoia, propaga e defende pautas contrárias ao que cremos”
Por outro lado, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que inicialmente criticou duramente a medida, mudou de tom após a reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele confirmou a criação de um grupo de trabalho para analisar o caso. Além disso, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) classificou a medida como “mais uma dose do veneno do PT contra os religiosos”, destacando a vulnerabilidade das religiões diante de fiscais mal-intencionados.






