Senador Sergio Moro Foto: Pedro França/Agência Senado
O Supremo Tribunal Federal, sob a liderança do Ministro Dias Toffoli, iniciou uma investigação contra o Senador Sergio Moro e alguns procuradores. A investigação está focada em um acordo de delação premiada, que é considerado o ponto de partida da Operação Lava Jato. A decisão foi divulgada no blog da jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
O ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, é o principal envolvido no caso. Ele fez um acordo de delação premiada com Moro, que na época era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba. O acordo permitia que Garcia atuasse como uma espécie de “grampo ambulante”, coletando provas contra autoridades.
Os detalhes do acordo, que estavam sob sigilo judicial há quase duas décadas, chegaram ao STF após o juiz Eduardo Appio, que foi afastado da 13ª Vara, ter acesso ao seu conteúdo. Gravações indicam que Moro dava instruções ao réu por telefone.
Moro, por sua vez, nega qualquer ilegalidade. Ele afirma que o instrumento da colaboração premiada não tinha o mesmo regramento legal de hoje. Além disso, o senador garante que nunca obteve gravações de membros do Judiciário.
Depois que o caso chegou ao Supremo, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República foram consultadas. Ambas pediram a inclusão de Moro, sua esposa Rosângela e os procuradores que atuaram no acordo de Tony e na Lava Jato como investigados. Toffoli autorizou a abertura do inquérito e as diligências solicitadas pela PGR em 19 de dezembro.






