No domingo, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) pediu desculpas por uma declaração feita no dia anterior, que continha desinformação sobre vacinas. Esse raro ato de contrição ocorre à luz da quantidade significativa de informações distorcidas que ele divulgou sobre a imunização durante a pandemia.
Durante um evento político de seu partido em Jundiaí no sábado, Bolsonaro afirmou falsamente que as vacinas de RNA desenvolvidas pela Pfizer eram compostas de dióxido de grafeno e insinuou que essa substância se acumularia em “testículos e ovários”, sem fornecer mais detalhes. Ele fez essas declarações ao lado do ex-ministro da Ciência e Tecnologia, hoje senador, Marcos Pontes (PL).
“A propósito de uma conversa realizada ontem sobre a presença de dióxido de grafeno em vacinas de mRNA, cometi um erro. Como é de conhecimento público, sou um defensor das possíveis aplicações do óxido de grafeno, razão pela qual associei erroneamente esta substância com a vacina, afirmação que foi desmascarada em agosto de 2021. Mais uma vez, me arrependo de minhas palavras e peço desculpas”, postou Bolsonaro no Instagram neste domingo.
A declaração de Bolsonaro no sábado gerou uma resposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência federal reafirmou os benefícios das vacinas COVID-19 nas redes sociais e desmentiu as alegações de Bolsonaro.
“Nenhuma vacina aprovada contém grafeno ou qualquer material desconhecido. As empresas são obrigadas a divulgar os componentes da vacina na bula, de acordo com a regulamentação da Anvisa”, afirmou a Anvisa.






