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Michelle Bolsonaro diz ser contra cota para mulheres na política e depois recua

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro defendeu a erradicação da cota de 30% para candidaturas femininas nos partidos durante um evento do PL Mulher em São Paulo. Segundo ela, a mulher deve estar na política por seu potencial e não por uma obrigação imposta pelo Estado.

“Nós não queremos apenas cumprir uma cota de 30%, nós acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira”, afirmou.

A fala de Michelle Bolsonaro gerou polêmica entre os grupos feministas e defensores da cota de gênero na política.

A cota de 30% para candidaturas femininas foi estabelecida pela Lei das Eleições em 1997, com o objetivo de aumentar a representatividade das mulheres na política e combater a sub-representação feminina. Desde então, a medida tem sido considerada um importante instrumento para garantir a participação das mulheres na tomada de decisões políticas e sociais.

No entanto, para Michelle Bolsonaro, a cota de gênero na política não é necessária e pode até mesmo prejudicar as mulheres que ingressam na política por meio dela. A ex-primeira-dama argumentou que a presença feminina na política deve ser baseada no mérito e no potencial individual, e não em uma imposição legal.

A posição de Michelle Bolsonaro gerou reações diversas entre os grupos políticos e sociais. Alguns defensores da cota de gênero na política consideram a fala da ex-primeira-dama como um retrocesso para a luta pela igualdade de gênero e um desrespeito às conquistas das mulheres na política. Por outro lado, grupos conservadores apoiam a posição de Michelle Bolsonaro e consideram a cota de gênero como uma medida desnecessária que pode ferir a meritocracia e a liberdade individual.

Assim, horas mais tarde, a ex-primeira-dama postou um vídeo em suas redes sociais recuando de sua fala.

“Retificando, eu sou a favor da cota, sim. Nós teremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo.”

Em um contexto político cada vez mais polarizado e ideologicamente marcado, o debate sobre a cota de gênero na política deve continuar. É importante lembrar que a luta pela igualdade de gênero é um desafio constante em uma sociedade ainda marcada por desigualdades e preconceitos. Nesse sentido, é necessário buscar soluções que garantam a participação das mulheres na política de forma justa e equitativa, sem ignorar as barreiras e desafios que ainda precisam ser superados.

Veja o vídeo com as falas da ex-primeira-dama abaixo:

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