Nesta segunda-feira (27/03) o governo brasileiro lançou oficialmente em Brasília a ‘Semana do Nunca Mais’ para continuar a preservar a memória dos que ficaram desaparecidos durante a ditadura militar no Brasil e que até hoje nunca foram encontrados. A ideia partiu do Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania Silvio Almeida.
Amanhã, sexta-feira, data de aniversário do golpe militar que em 31 de março de 1964 derrubou o governo do então presidente João Goulart e instalou uma ditadura militar no Brasil que se estendeu até 1985. Em uma forma de garantir que as vítimas que tiveram suas vidas interrompidas durante esse período não fossem esquecidas, o Ministério dos Direitos Humanos organizou uma série de eventos e iniciativas para garantir a preservação das memórias daqueles que foram vítimas da ditadura militar e reforçar a importância da democracia política.
O estabelecimento de buscas por desaparecidos nesta data foi encerrada na reta final do governo de Jair Messias Bolsonaro (2018-2022) será reerguido e uma marcha na cidade de São Paulo com o objetivo de homenagear as pessoas que lutaram, foram torturas e, ou até mesmo perderam a vida para transformar o Brasil em uma democracia novamente em 15 de março de 1985 quando Tancredo Neves e seu vice-presidente José Sarney. Tancredo Neves veio a falecer um mês após tomar posse do governo, fazendo José Sarney o primeiro presidente do Brasil a ter quatro anos de governo após o fim do regime militar.
Em março de 1964 João Goulart era o presidente do Brasil, após a Revolta dos Marinheiros, um conflito entre as autoridades da Marinha do Brasil e a Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB) entre os dias 25 a 27 de março de 64, onde o presidente Goulart negociou o seu desfecho e acabou gerando revolta nos militares na época que dias depois tomando o poder para si.
Desde aquele momento até o fim da ditadura inúmeras pessoas foram presas, torturadas, sequestradas ou até mesmo mortas por se oporem a ideias do militares. Almeida sugeriu em entrevista à Revista Veja que todo os torturadores devem pagar pelos crimes hediondos cometidos com os cidadãos neste período de tempo específico.
_ As reformas institucionais devem ser feitas para que fique muito evidente que o respeito à democracia deve governar a lógica do Estado brasileiro e as relações das Forças Armadas com a sociedade brasileira. Discursos de ódio não podem ser tolerados. Temos de pensar na justiça como reparação. _ apontou o ministro.






