O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (18/01) que o ex-chefe do executivo, Jair Messias Bolsonaro (PL) é o principal pivô dos ataques de vandalismo em Brasília. As declarações do petistas foram feitas após o presidente do Supremo Tribunal Eleitoral Alexandre de Moraes expedir um prazo de três dias para que Bolsonaro explique-se sobre um projeto que decreta um estado de emergência, documento este encontrado na casa de um ex-ministro.
_ Não sei se o ex-presidente mandou, o que eu sei é que ele tem culpa porque passou quatro anos mentindo para a sociedade brasileira instigando que o povo tinha de estar armado _ afirmou Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em reunião com vários sindicalistas brasileiros.
O presidente ainda frisou que Bolsonaro instigava o ódio e violência entre as pessoas focando em leis para garantir porte de armas e que seu mandato sempre foi focado em pautas agressivas.
_ A democracia, a gente não garante com armas, a gente garante com cultura, com livro, com debate, com educação, com comida, emprego. Desde o começo da República, não se gastou metade do que o “genocida” gastou na campanha. _ completou.
O prazo foi decretado pelo juiz Benedito Gonçalves, nesta segunda-feira (16/01), quando o mesmo ordenou que a documentação fosse anexada nas investigações contra o ex-presidente sob acusação de abuso de poder durante sua campanha eleitoral em 2022.
_ Houve uma inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos. Tais elementos de prova vêm se somar à narrativa de que Bolsonaro buscou manter viva em sua base a ideia de fraude e intervenção sobre o resultado eleitoral. _ informou Gonçalves.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que mudou-se para os Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro de 2022, utilizou suas redes sociais nos dias em que os ataques ocorreram para repudiar o movimento e negou as acusações de Lula, que estão sendo feitas desde o ocorrido.
– Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 9, 2023






