O compartilhamento de fake news em grande escala pode ocasionar consequências drásticas para o 2º turno das eleições presidenciais brasileiras e pode afetar diretamente o direito de livre escolha do eleitor, afirma o Manifesto de 16 entidades, uma delas sendo a Comissão Arns e o Observatório do Clima.
Também são signatários do texto a AJD (Associação Juízes para a Democracia), Conectas Direitos Humanos, ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outros.
Em seu manifesto, as entidades confirmam que, “a desinformação dificulta o debate público acerca dos temas mais relevantes para o país e, principalmente, afeta de forma direta o direito de escolha livre e informada do eleitorado.”
O texto ainda trata da problematização do Brasil estar em momento de eleição e que, no cenário político que o país se encontra, pode desencadear uma série de maus-entendidos e desinformações. Porém, ainda põe em evidência que as políticas e empresas de mídias sociais estão suavizando o uso das ferramentas para os usuários que disseminam essas fake news.
“Em meio ao intenso fluxo de desinformação tem imposto um enorme desafio à Justiça Eleitoral. Por outro lado, as políticas e ações das empresas responsáveis pelas plataformas digitais se mostraram lenientes com a dinâmica que alimenta e favorece a disseminação de informações comprovadamente inverídicas que afrontam a integridade do processo eleitoral brasileiro”, apontam.
No manifesto há várias citações sobre notícias falsas que vem sido veiculadas a publicações orgânicas e anúncios pagos, inclusive em dias em que é proibido ter propaganda eleitoral.
“A disseminação de desinformação em grande escala na reta final do segundo turno afeta a normalidade e a integridade do processo eleitoral, e pode causar danos irreparáveis ao processo eleitoral e, consequentemente, à democracia brasileira”, Citava o documento, que se encerrava defendendo a resolução aprovada pelo Tribunal Supremo Eleitoral com unanimidade de votos nesta quinta-feira (20).
“Eventuais equívocos em sua implementação podem ser corrigidos. O que o TSE não poderia é ter se mantido omisso face à atual onda deliberada de desinformação voltada a degradar o processo democrático.”






