Na segunda-feira, dia 12, foi apresentado um pedido ao Congresso Nacional para a criação de um Comitê Conjunto de Investigação dos Membros da Assembleia Nacional (JNAC) para investigar o caso de roubo de um mecanismo milionário. Este pedido, apresentado com base no Artigo 58º, Parágrafo 3° da Constituição Federal e na Seção 21 da Lei Comum do Congresso, é um esquema de fraude multimilionário descoberto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo descontos fraudulentos em benefícios para aposentados e pensionistas.
A proposta da CPMI foi assinada pelo líder trabalhista e deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e por outros 258 parlamentares (223 deputados e 36 senadores). O comité é composto por 15 membros da Câmara dos Representantes e 15 senadores, e inclui um número igual de membros em exercício para respeitar a relação proporcional entre os partidos políticos. O projeto durou 180 dias e o orçamento estimado é de 200 mil reais.
A iniciativa foi tomada em resposta a uma investigação conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) a 23 de abril, que apurou um esquema de desconto mensal indevido em benefícios do INSS sem a concordância do beneficiário. Este desvio pode ocorrer entre 2019 e 2024, sendo que o prejuízo está estimado em 6,3 milhões de reais.
Segundo a CGU, a maioria das vítimas são idosos e reformados, grupos particularmente vulneráveis. De acordo com um relatório recolhido pelas autoridades, o beneficiário não aprovou qualquer serviço de pagamento, mas foi acusado de falsificar assinaturas e de faltar documentos.
A petição alega que a fraude foi sistemática e exacerbada por falhas organizacionais na Agência Nacional de Segurança Social. Além de pessoas de fora, havia indícios de que autoridades públicas, incluindo o então chefe da Agência Nacional de Segurança Social da Índia, estavam envolvidas. A secretária foi despedida e depois dispensada.
“As pesquisas são essenciais para identificar e corrigir essas falhas, e para melhorar os mecanismos de gestão e inspeção da instituição. A confiança das pessoas no sistema previdenciário depende de uma resposta efetiva à corrupção ou fraude”, enfatizando a legitimidade do processo.
O CPMI deve decidir como o plano foi possível, quais mecanismos foram contornados e quais medidas são necessárias para evitar mais fraudes. O comitê também pode convocar representantes de bancos, grupos coletivos, empresas de telemarketing, reguladores e ex-líderes do INSS.






