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Mudanças no alto escalão geram críticas ao governo Lula pela falta de mulheres no parlamento

A recente substituição de Rita Serrano, economista e ex-presidente da Caixa Econômica, por Carlos Vieira Fernandes, indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), gerou descontentamento entre os parlamentares de esquerda. Serrano é a terceira mulher a ser substituída por um membro do Centrão.

Anteriormente, as ministras Daniela Carneiro (Turismo) e Ana Moser (Esporte) foram dispensadas para abrir espaço para Celso Sabino (União Brasil-PA) e André Fufuca (PP-MA), respectivamente. O governo justifica essas mudanças como uma necessidade de maior apoio no Congresso. No entanto, a esquerda questiona a redução da presença feminina em cargos importantes na administração federal.

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) expressou sua insatisfação com a demissão da presidente da Caixa, afirmando que isso fortalece o fisiologismo e enfraquece a igualdade de gênero na política e no alto escalão.

”Vai na contramão da política que queremos, fortalece o fisiologismo e enfraquece a paridade de gênero na política e no alto escalão, pauta pela qual lutamos há tanto tempo.” salientou.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) espera que o governo possa preencher os cargos de alto escalão perdidos por mulheres. Ela mencionou que há uma pressão constante para silenciar as mulheres na política.

“No Parlamento, entre as mulheres da base do governo, a posição é cotidiana para a ocupação de mais mulheres em posições de proa no governo. Há ainda muita pressão para o silenciamento das mulheres na política.” disse.

Camila Jara (PT-MS), uma das representantes do PT, afirmou que as demissões das três mulheres não podem ser ignoradas. Ela planeja se reunir com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), para discutir a situação.

“Essas demissões demonstram que nós enquanto parlamentares devemos estar atentas e entender que as ideologias políticas devem ficar de lado quando o assunto é direito das mulheres. Elegemos nas urnas direito das mulheres, devemos cobrá-los” completou.

Em um café da manhã com jornalistas na última sexta-feira (27), Lula expressou seu profundo pesar pela perda de espaço das mulheres no governo. Ele argumentou que, nos casos recentes, os partidos que escolheram os substitutos não tinham mulheres para indicar.

“Lamento profundamente a perda de espaço das mulheres no governo, mas nos casos recentes, os partidos que escolheram os nomes não tinham mulheres para indicar.” declarou o petista.

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