Nesta quinta-feira (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o governo decidiu adotar um novo formato para as metas de inflação. A medida, comunicada ao Conselho Monetário Nacional (CMN), aposenta o sistema atual baseado no ano-calendário e estabelece uma meta contínua de 3% a partir de 2025.
“Em relação à meta de inflação, eu anunciei ao Conselho Monetário Nacional e explico o porquê, porque é uma prerrogativa do presidente da república uma mudança do regime em relação ao ano calendário, de maneira que agora, conforme já discutido com a sociedade em inúmeras ocasiões, já tinha manifestado minha simpatia por uma mudança desse padrão que só se verifica em dois países do mundo, dentre os quais, o Brasil, de maneira que nós adotaremos agora meta contínua a partir de 2025”, afirmou Haddad.
Haddad explicou que a mudança para uma meta contínua foi uma prerrogativa do presidente da república e que já havia manifestado sua simpatia por essa alteração em diversas ocasiões. Ele ressaltou que apenas dois países, incluindo o Brasil, adotam o sistema baseado no ano-calendário. Agora, o governo brasileiro seguirá o exemplo de experiências internacionais, onde o horizonte relevante para a meta contínua costuma ser de 24 meses.
“A decisão sobre padronizar em relação ao resto do mundo o programa de metas de inflação do Brasil, que é sui generis, só no Brasil e mais outro país, acho que Turquia, que usa meta calendário, será discutida no Conselho Monetário Nacional”, afirmou Haddad em entrevista na quarta-feira (28).
Com a adoção da meta contínua, o governo não precisará discutir a meta anualmente, o que trará mais flexibilidade para o Banco Central no cumprimento do objetivo de controle da inflação. O ministro destacou que, nesse novo formato, a trajetória poderá ser redefinida, enquanto a meta é mantida.
A proposta de alteração no sistema de metas de inflação vinha sendo defendida por Haddad, que levou o assunto para discussão durante a reunião do CMN. Ele ressaltou a necessidade de padronizar o programa de metas de inflação do Brasil em relação a outros países, citando a Turquia como um exemplo de nação que também utiliza o sistema baseado no calendário.
Com essa decisão, o governo busca modernizar e alinhar o regime de metas de inflação brasileiro com as práticas adotadas internacionalmente, proporcionando maior estabilidade e previsibilidade para a economia do país.






