Novos critérios para a definição de estudantes alfabetizados foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quarta-feira, 31. Resultado de uma pesquisa intitulada “Alfabetiza Brasil”, essa decisão estabelece parâmetros de autonomia de letramento para crianças de sete anos que estão cursando o 2º ano do ensino fundamental. Entre as habilidades necessárias, destacam-se a leitura de pequenos textos com períodos curtos, a capacidade de localizar informações na superfície textual e a inferência básica na articulação entre texto verbal e não verbal. Segundo o MEC, se esses novos critérios estivessem em vigor há dois anos, 56,4% das crianças não seriam consideradas alfabetizadas, conforme apontado por uma pesquisa do próprio ministério.
A análise dos resultados obtidos com a participação de professores na pesquisa “Alfabetiza Brasil” permitiu interpretar o perfil de aprendizado por meio da escala de proficiência do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Com base nisso, foi estabelecido que o ponto de corte corresponde a 743 pontos na escala Saeb. Essa pesquisa foi desenvolvida em parceria entre o MEC e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Durante os dias 15 e 23 de abril, 251 professoras alfabetizadoras foram entrevistadas, abrangendo 206 municípios localizados em todas as regiões do Brasil.
Essa medida adotada pelo MEC visa aprimorar o processo de alfabetização no país, proporcionando um referencial claro de habilidades que as crianças devem alcançar ao final do 2º ano do ensino fundamental. Os critérios estabelecidos baseiam-se em competências fundamentais para o desenvolvimento da leitura e compreensão textual. Ao analisar os resultados da pesquisa, o ministério identificou que mais da metade das crianças não alcançaria o nível considerado como alfabetização adequada, evidenciando a necessidade de aprimorar as práticas de ensino nessa área.






