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Parlamentares investigam a parcialidade e censura da CPI

Na última quinta-feira, durante a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal que investiga atos de vandalismo e depredação de prédios públicos, uma série de eventos chamou a atenção dos deputados distritais e trouxe à tona questões relacionadas ao cerceamento de falas, troca de injúrias e parcialidade na condução da Comissão. O Deputado Thiago Manzoni (PL-DF) expressou sua solidariedade ao Deputado Joaquim Roriz, que foi desrespeitado, e fez referência ao regimento interno da Casa para reforçar a existência de uma “questão de ordem” em uma CPI.

Manzoni iniciou sua fala destacando a parcialidade e o comportamento inadequado que conseguiram irritar até mesmo o Deputado Joaquim Roriz. Ele ressaltou: “O Deputado Joaquim falou em descaramento. Eu sinceramente não imaginava que fosse ouvir isso de Vossa Excelência. Mas é porque as coisas vão se acumulando, elas vão se avolumando. Chega uma hora que acaba que a gente sai do sério”.

Em um momento específico, o presidente da CPI, Deputado Chico Vigilante, afirmou ao Deputado Joaquim Roriz que ele não teria direito a uma questão de ordem para responder à acusação de que estaria mentindo. Manzoni então leu trechos do Regimento Interno em plenário, destacando: “Aí a gente pede uma questão de ordem aqui e dizem que não tem questão de ordem. Tem questão de ordem, sim. É o nosso Regimento Interno. E Vossa Excelência, Deputado Joaquim, foi chamado de mentiroso. Pediu uma questão de ordem, não foi dado o direito de responder para poder dizer: ‘espera aí, eu não estou mentindo'”.

Outra situação apontada como parcialidade na condução da CPI é o fato de um requerimento assinado por quatro parlamentares que integram a Comissão não ter sido votado. Manzoni expressou sua frustração: “Vai votar só quando houver outra CPI e não vai haver outra CPI. É só essa. A gente vai deixar de ouvir uma testemunha ocular que estava lá no dia 8, filmando e fotografando e fazendo uma armação, como disse o Deputado Joaquim, fingindo que uma porta que estava aberta estava trancada e conferindo com o pessoal pra ver se a foto ficou boa e depois se cumprimentando, como se amigos de longa data fossem. E a gente não vai ouvir essa pessoa”.

Dirigindo-se ao presidente da CPI, Deputado Chico Vigilante, Thiago Manzoni relembrou que o Deputado Chico nunca teve seu direito de fala cerceado na Comissão de Constituição e Justiça, que Manzoni preside. Ele questionou: “Presidente Deputado Chico Vigilante, vossa excelência não incorporou o regimento interno? Em várias sessões ordinárias aqui, vossa excelência pede 3.457 questões de ordem e é sempre deferida porque é direito do parlamento?” salientou.

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