Os valores políticos, como a defesa da liberdade individual, da propriedade privada e do livre mercado, são importantes para o desenvolvimento de uma sociedade livre e próspera. A direita valoriza a meritocracia, o empreendedorismo e a responsabilidade individual, assim como a segurança pública e a ordem social.
No entanto, é importante ressaltar que o apoio a esses valores não deve ser usado como justificativa para ações antidemocráticas, como a incitação à violência, a quebra do estado de direito e o desrespeito às instituições democráticas. As críticas ao STF e a outras instituições devem ser feitas dentro dos limites da legalidade e da civilidade, respeitando a independência e a imparcialidade dos poderes.
O jornalista J.R. Guzzo publicou um artigo no jornal “Gazeta do Povo” alegando que a lei brasileira não está sendo aplicada a Bolsonaro e seus aliados. Segundo ele, a extinção da “direita” tornou-se uma questão de interesse nacional, o que levou as autoridades a aplicar a censura, suprimir direitos e transformar o Brasil em um estado policial.
“São atos de vingança as apreensões do seu celular e do seu passaporte. É um ato de vingança a prisão do oficial do Exército que foi ajudante de ordens do ex-presidente, e que, pelo Estatuto dos Militares, só poderia ter sido preso em flagrante. É um ato de vingança continuado à prisão do ex-secretário de Segurança de Brasília, por suspeita de omissão nos ataques aos palácios dos três Poderes no dia 8 de janeiro. É um ato de vingança a decisão do STF de criar no Brasil a sua própria lei de censura para a internet; já que a Câmara dos Deputados não aprovou o projeto de censura que o governo Lula quis impor ao País, em seu maior fiasco político até agora, o “cala-boca” oficial, como costuma dizer uma das ministras, virá por ordem direta do tribunal supremo.” relata o jornalista em um texto de seu artigo.
Guzzo também criticou a Polícia Federal por apreender o celular e o passaporte do ex-presidente, assim como por prender um oficial do Exército que foi ajudante de ordens do ex-presidente e o ex-secretário de Segurança de Brasília. Ele considera essas ações como atos de vingança.
Outro ponto abordado no texto é o indulto concedido por Bolsonaro a Daniel Silveira, que foi anulado pelo ministro Alexandre de Moraes. Guzzo considera essa decisão ilógica e política, uma vez que quase todos os outros ministros votaram em “questão fechada” sem considerar o aspecto jurídico.
” O caso do indulto anulado não faz nenhum nexo, nem do ponto de vista jurídico nem do ponto de vista da lógica comum. A anulação foi decidida pelo ministro Alexandre de Moraes; quase todos os outros ministros, como se fossem um partido político que vota igual ao chefe numa ‘questão fechada'”, completa Guzzo.
No entanto, alguns políticos não estão de acordo com a posição do jornalista. Alguns apoiadores do governo atual negam que a ação seja um ataque à liberdade de expressão e aos direitos privados.
Para a deputada federal e líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone, as ações do governo Bolsonaro e de seus aliados não são uma questão de “extinção da direita”, mas sim uma ameaça à democracia e aos direitos humanos. Em seu Twitter, ela escreveu: “Não é extinção da direita, é extinção da democracia. Não é questão de interesse nacional, é questão de interesse de uma família e de seus negócios. Não é censura, é proteção contra discursos de ódio. Não é estado policial, é defesa dos direitos humanos. Não é política, é crime”.
Para Petrone, as ações do governo Bolsonaro e de seus aliados, como a censura, a supressão de direitos e a prisão de opositores políticos, são crimes contra a democracia e a sociedade brasileira como um todo. Ela defende a necessidade de resistir a essas tentativas de golpe e de lutar pela defesa dos valores democráticos e dos direitos humanos.
Além da perspectiva do jornalista J.R. Guzzo e da deputada Talíria Petrone, um político de direita também se pronunciou sobre o assunto.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro e membro do Partido Social Liberal (PSL), criticou as ações da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) contra seu pai e seus aliados. Em sua conta no Twitter, ele escreveu: “A apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro é um ataque à Presidência da República e à democracia. O STF está abusando de seu poder e tomando medidas antidemocráticas para perseguir seus opositores. Isso é inaceitável e não será tolerado”.
Para Eduardo Bolsonaro, as ações da Polícia Federal e do STF são atos de perseguição política contra seu pai e seus aliados. Ele defende a necessidade de se defender a Presidência da República e a democracia contra esses ataques, mas não faz menção a possíveis ações irresponsáveis do presidente e seus aliados que possam ter levado a tais ações por parte das autoridades.






