O movimento que visa defender os direitos humanos ressaltou nesta terça-feira (28) os assassinatos em massa e os crimes de racismo cometidos pela polícia brasileira, que em sua maior parte sai impune.
_ O racismo, a violência e a impunidade das forças de segurança continuaram a encorajar a violência do Estado. Assassinato em massa pelas forças de segurança foram frequentes e afetaram desproporcionalmente pessoas negras em favelas._ pronunciou a organização.
Os assassinatos em massa cometidos pelas forças armadas no Brasil e crimes raciais ficaram ainda mais em evidência com as violações dos direitos humanos no Brasil em 2022, com consta no Relatório da Amnistia Internacional (AI) 2022/23 que foi divulgado hoje.
_ A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi criada há 75 anos, a partir das cinzas da Segunda Guerra Mundial. Em sua essência está o reconhecimento universal de que todas as pessoas têm direitos e liberdades fundamentais. Enquanto a dinâmica do poder global está no caos, os direitos humanos não podem ser perdidos na briga. Eles devem guiar o mundo enquanto ele navega em um ambiente cada vez mais volátil e perigoso. Não devemos esperar que o mundo queime novamente. _ disse a descrição oficial da página da organização.
De acordo com as informações da ONG, 99% da vítimas de violência policial no Brasil são do sexo masculino sendo 84% negros. A AI também consta em seu relatório que os dados eram do ano de 2022, último ano de mandato do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
No que diz respeito à alimentação, os dados mostram que 70% das pessoas que vivem em maior vulnerabilidade socioeconômica são negras.
_ A inação histórica do Estado para enfrentar o racismo estrutural continuou a fazer com que os povos indígenas e afrodescendentes sofressem desproporcionalmente com medidas e ações institucionais inadequadas. _ sublinha a AI em seu relatório anual.
_ Enquanto a dinâmica do poder global está em caos, os direitos humanos não podem ser perdidos na briga. _ declarou Àgnes Callamard, secretária-geral da Amnistia.






