Presidente do partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto vai recorrer da decisão do presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) Alexandre de Moraes, que além de negar a anulação de uma parcela dos votos das urnas eletrônicas nas eleições presidenciais de 2022 multou o partido em R$ 22 milhões por litigância de má-fé.
_ A total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e anti-democráticos que, inclusive, com graves ameaças e violência vem obstruindo diversas rodovias e vias públicas em todo o Brasil, ficou comprovada, tanto pela negativa em aditar-se a petição inicial, quanto pela total ausência de quaisquer indícios de irregularidades e a existência de uma narrativa totalmente fraudulenta dos fatos. Assim, teoricamente, poder-se-ia extrapolar o resultado esperado da eleição a partir do resultado obtido em um dado modelo de urna. Ocorre que, no caso concreto em análise, esse princípio não se confirma, pois os tribunais regionais eleitorais, em regra, distribuíram as urnas novas conforme conveniência logística, sem misturá-las a outros modelos dentro dos mesmos municípios. _ escreveu o magistrado em um despacho na quarta-feira (23).
Contudo, o presidente executivo do PL e mandatário da legenda juntamente com Carlos Rocha, presidente do Instituto do Voto Legal recorreram da decisão do juiz alegando constarem no inquérito 4.874 a existência de malícias digitais que atentem contra o Estado Democrático de Direito.
_ Nossa vontade não é impedir a posse de ninguém. Nós não estamos discutindo a eleição, nós estamos discutindo a história do Brasil, porque a soma das urnas novas que tem todo o cadastro, dá uma vitória para o presidente Jair Bolsonaro de 1 milhão e setenta e oito mil votos, se não forem consideradas as urnas que tem indícios. _ alegou Neto em uma coletiva de imprensa logo após a decisão de Moraes.






