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Bolsonaro testemunhará sobre a suposta adulteração nos cartões de vacinação

Na próxima terça-feira (16), o ex-presidente Jair Bolsonaro prestará depoimento à Polícia Federal sobre a suposta adulteração nos cartões de vacinação. Bolsonaro sustenta que não pediu a falsificação dos dados ao seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. O caso gerou controvérsia e polarização na sociedade brasileira, com opiniões divergentes sobre a conduta do ex-presidente.

“Essa questão de hoje receber a PF, não há dúvida, eu chamo de operação para te esculachar”, falou o ex-presidente.

Para os críticos de Bolsonaro, a acusação de falsificação de documentos é uma demonstração clara de sua falta de comprometimento com a saúde pública e a segurança da população brasileira. Eles afirmam que, ao incentivar o não uso de máscaras e a recusa de vacinas, Bolsonaro colocou em risco a vida de milhares de brasileiros.

“A questão central da busca e apreensão é os celulares e computadores que foram pegos. Se apreender o celular do Bolsonaro, aí é salvem-se quem puder, a situação do ex-presidente vai ficar dificílima, porque é um conjunto de fake news e crimes. Ele está em uma sinuca de bico. Não há advogado que salve a situação”, disse Marco Antônio Villa, comentarista da CNN.
Por outro lado, para seus apoiadores, o ex-presidente é vítima de uma campanha de difamação por parte da imprensa e dos opositores políticos. Eles acreditam que a acusação é falsa e que Bolsonaro é inocente. Segundo eles, o ex-presidente sempre defendeu a liberdade individual e a autonomia dos cidadãos, e que não há provas de que ele tenha incentivado a falsificação dos cartões de vacinação.

“O presidente Bolsonaro estará à disposição das autoridades competentes, como sempre esteve, tão logo a defesa tenha acesso aos autos”, disse o advogado e assessor especial do ex-presidente, Fábio Wajngarten.

Bolsonaro, por sua vez, tem reiterado sua inocência em relação ao caso. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele afirmou que não há provas de que ele tenha cometido qualquer irregularidade. Segundo o ex-presidente, a suposta falsificação dos cartões de vacinação teria sido uma ação isolada do tenente-coronel Mauro Cid, sem seu conhecimento ou autorização.

“Fui tratado muito bem. Em nenhum momento houve falta de educação, acredito até que senti um constrangimento de alguns policiais federais. Falei para eles que nunca havia tomado a vacina, em especial depois que li a ‘bula da Pfizer’”, falou Bolsonaro.

No entanto, a Polícia Federal e o Ministério Público seguem investigando o caso e reunindo provas que possam comprovar ou refutar a participação do ex-presidente na falsificação dos cartões de vacinação.

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, explicou a PF em nota.

Resta saber qual será o desfecho desta história, e se Bolsonaro conseguirá manter sua base de apoio diante das acusações que pesam contra ele

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