Mais de 2 mil pessoas foram presas na segunda-feira (09/01), um dia após o ato de vandalismo na sede dos Três Poderes em Brasília (Distrito Federal). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (13) deu liberdade provisória a mais 130 detentos que haviam sido denunciados por participar do ato pela depredação dos prédios públicos na cidade de Brasília. Outras 392 pessoas seguem em regime fechado.
A decisão do ministro se deu devido ao fato do mesmo entender que esta parcela dos processados não apresenta mais risco processual ou social até o devido momento. Entretanto, o ministro aplicou ao grupo medidas cautelosas tais como: toque de recolher noturno e durante finais de semana, passaportes cancelados e impedimento ao acesso às redes sociais.
Moraes já havia confirmado durante o alvará de soltura nesta quinta-feira (09/03) que o processo de todos os envolvidos seria individual e que o STF ficaria a cargo de avaliar todos os que encontravam-se encarcerados até aquele momento.
No dia 9 de janeiro, a Polícia Federal (PF) deteve em flagrante 2.151 pessoas que estariam envolvidas no ato e que haviam se acampado em frente ao quartel. Destas, 745 foram liberadas logo após sua identificação, entre elas estavam: idosos com mais de 70 anos, pessoas na faixa etária dos 60 anos com comorbidades, além de 50 mulheres com filhos com menos de 12 anos.
Das 1.406 pessoas que foram presas, 1.014 irão responder em liberdade e 392 em regime fechado, sendo 130 homens e 82 mulheres. Até agora 919 indivíduos foram denunciados pela PGR por incitação ao crime. Desse número, 919 responderam por infrações graves: dano qualificado, abolição violenta do Estado de direito e golpe ao Estado.
