O número de pessoas em situação de rua aumentou entre 2018 a 2022. Segundo dados divulgados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) cerca de 281.472 brasileiros vivem nas ruas do país. Ainda de acordo com a instituição devido a carência de dados oficiais do poder público o número exato tende a ser ainda maior.
Para o pesquisador do IPEA, Marcos Natalino, a falta de verba e má distribuição de renda do governo são os principais fatores da situação.
_ O fator econômico inclui falta de renda e de oportunidade de trabalho nos locais de moradia. Isso se manifesta também no caso de pessoas que até têm uma habitação longe dos grandes centros, mas passam a semana ou vários dias dormindo de forma improvisada nas ruas e trabalhando como lavador de carro, ambulante e outras coisas. _ declarou o pesquisador.
Na primeira estimativa nacional realizada em 2015, os dados da pesquisa incluíam dados oficiais dos municípios brasileiros. Devido à crise financeira global da pandemia, os dados foram atualizados até o mês de março de 2020, ano em que 1.940 municípios contava com 181.885 nessa situação. Entre 2020 e 2021, o número passou de 214.451 para 232.147 pessoas.
Entre 2021 e 2022 os dados acompanharam o crescimento acelerado registrado no Cadastro Único. O que pode indicar que por um viés de subestimação a carência de dados oficiais começou a aparecer desde a data.
O cantor e compositor Seu Jorge disse em entrevista ao jornalista Jô Soares que morou na rua por sete anos após a morte de seu irmão.
_ Dos sete anos (que morei nas ruas), quatro estive no teatro. Eu fiz com eles 26 espetáculos. _ revelou o artista.
O cantor Latino postou um story em seu Instagram em 2017 quando se emocionou ao pisar na praça onde morou na Capital Fluminense.
_ Galera, vocês não vão acreditar: eu estou exatamente no Méier, subindo no coreto, onde minha história começou. Ali atrás era onde eu dormia com meus primos quando não tínhamos grana para pegar ônibus para voltar. _ relembrou o cantor.






